Depoimentos

José Miguel Gomes

Animal Keeper – Zoo de Melbourne, Austrália

Em 2003 estava a terminar o 12º ano e era hora de escolher um curso para prosseguir os meus estudos. Eu procurava alguma opção na área da Biologia...Ver mais

Rita Portela

Técnica no Núcleo de Cultura Científica do IBMC.INEB

Escolhi o curso de Ciências do Meio Aquático por várias razões: por um lado, o mar e os mamíferos marinhos atraíam-me; por outro, a ideia de ser bióloga marinha encaixava como uma luva numa imagem futura de mim...Ver mais

Marisa Vedor


Desde cedo com os documentários de Sir David Attemborough me interessei pelos mistérios ainda tão bem escondidos nos oceanos....Ver mais

Joana Costa


O meu primeiro contacto com o ICBAS e CMA aconteceu ainda no meu 11º ano, quando participei, nas atividades de verão da Universidade Júnior da UP com o objetivo principal de conhecer o ICBAS...Ver mais

Paulo Rainha


O mundo aquático sempre me fascinou. Desde criança que sou aficionado pelo hobby da aquariofilia e mantenho aquários com algumas espécies de peixes ornamentais...Ver mais

Núria Baylina

Curadora e Diretora de Conservação do Oceanário de Lisboa

Chamo-me Núria Baylina e terminei a minha licenciatura em Ciências do Meio Aquático em 1993. Soube desde muito cedo que gostaria de ter uma atividade profissional ligada ao mar...Ver mais

Margarida Senra Lopes


Quando era mais nova o meu sonho era ser bióloga marinha, no entanto, com o passar do tempo foi-se despertando o gosto por uma outra diversidade de temas...Ver mais

Francisca Félix


Sempre fui apaixonada pela Biologia e foi fácil escolher a licenciatura em CMA uma vez que conjuga esta disciplina com o meio aquático...Ver mais

Luís Eugénio C. Conceição

Investigador do Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR)

No final da licenciatura em Ciências do Meio Aquático realizei o estágio extracurricular “Efeito da temperatura no crescimento larvar da lampreia em condições de laboratório”...Ver mais

Dolores Resende

Professora Coordenadora da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU)

Terminada a licenciatura em Ciências do Meio Aquático prossegui o meu percurso académico com o Mestrado em Ciências do Mar...Ver mais

Pedro Seixas

Gerente AQUALGAE S.L.

Para completar a licenciatura em CMA realizei um estágio de 6 meses no Instituto de Hidrobiologia de St. Pée Sur-Nivelle (INRA-IFREMER, França)...Ver mais

Ana Mendonça


O oceano é, sem dúvida, uma grande paixão para mim desde a infância. Por esta razão, e por razões pessoais também, ingressei no curso...Ver mais

Olga Martínez

Colaboradora no Biotério de OrGanismos Aquáticos (BOGA) do CIIMAR

Desde que me lembro, o mar e o meio aquático em geral, sempre me chamaram a atenção. Pelo que, quando acabei o ensino secundário escolhi seguir Ciências do Mar...Ver mais

Alexandra Leitão

Investigadora no Environmental Science Center da Universidade do Qatar

Ainda durante a licenciatura iniciei a minha atividade científica no laboratório de citogenética do ICBAS. A paixão pelos cromossomas levou-me à realização de um projeto de investigação (inserido no programa ERASMUS)...Ver mais

Laura Ribeiro

Investigadora Auxiliar na Estação Piloto de Piscicultura de Olhão (EPPO) do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Após a licenciatura iniciei a minha actividade de investigação científica no Dep. de Produção Aquática do ICBAS, em ensaios de nutrição, e posteriormente num outro projecto na área de fisiologia...Ver mais

Graça Casal

Professora Auxiliar do Instituto Superior de Ciências da Saúde

Como aluna da Licenciatura em Ciências do Meio Aquático, iniciou a sua actividade de investigação científica, sob a orientação do Professor Doutor Carlos Azevedo no Laboratório de Biologia Celular do ICBAS...Ver mais

Gabriela Moura

Investigadora Auxiliar Dep. Biologia & Centro de Estudos do Ambiente e do Mar

Desde os tempos do meu ensino secundário que eu pensava em fazer investigação científica. Fascinava-me a forma como os organismos, sujeitos às regras da selecção natural...Ver mais

Ana Ferreira

Curadora SEA LIFE Porto

A minha escolha pelo curso de ‘Ciências do Meio Aquático’ surgiu devido à abrangência e diversidade de conteúdos, teóricos e prácticos...Ver mais

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José Miguel Gomes

Animal Keeper – Zoo de Melbourne, Austrália

Em 2003 estava a terminar o 12º ano e era hora de escolher um curso para prosseguir os meus estudos. Eu procurava alguma opção na área da Biologia e de preferência na zona Norte do país. Uma amiga falou-me na possibilidade de me candidatar ao curso de Ciências do Meio Aquático no ICBAS. Após alguma pesquisa e leitura sobre o curso, decidi candidatar-me e acabei por entrar no curso na segunda fase de admissões. Completei a Licenciatura em 2007 e de seguida fiz um Mestrado em Ciências do Mar – Recursos Marinhos que terminei em 2009. Numa fase inicial do meu percurso adorava tudo que fosse relacionado com comportamento e reprodução de peixes (sobretudo ornamentais).

Entretanto, em finais de 2008, comecei a explorar um novo tema que acabou por marcar toda a minha vida profissional – treino animal e modificação comportamental com recurso ao reforço positivo. Em 2009 fui trabalhar para o Zoomarine como treinador de mamíferos marinhos. Em 2012 mudei-me para os Estados Unidos, onde completei um segundo Mestrado em Psicologia Experimental na University of Southern Mississippi. Após esse período, passei dois anos na Cidade do Cabo, África do Sul a trabalhar como consultor comportamental (obtive certificação oficial nesta área) sobretudo com cães e gatos.

Em 2015 mudei-me para Melbourne, Austrália onde trabalho como animal keeper no Zoo de Melbourne. Este Zoo pertence ao grupo Zoos Victoria que é uma das organizações mais modernas e evoluídas nas áreas de bem-estar animal e combate à extinção. Tenho a oportunidade de trabalhar com mamíferos, aves, peixes e invertebrados em várias áreas (por exemplo, modificação comportamental, bem-estar animal, conservação, reabilitação de animais selvagens e educação). Faço parte de uma equipa fantástica que regularmente me oferece oportunidades incríveis, como a ida a conferências, liderar a equipa como coordenador do departamento e a participação em estudos científicos.

Em part-time continuo a fazer algumas consultas de comportamento animal (sobretudo com cães) e ofereço algumas aulas de cachorros numa clínica veterinária local. Isto é feito com a minha empresa Train Me Please (registada na Austrália) que é também o nome do meu canal no Youtube onde partilho vídeos e tutoriais gratuitos com a intenção de ajudar as pessoas a terem uma melhor relação com os seus animais de estimação.

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Marisa Vedor


Desde cedo com os documentários de Sir David Attemborough me interessei pelos mistérios ainda tão bem escondidos nos oceanos. Decidi ainda jovem que queria fazer carreira em biologia marinha, e hoje sou investigadora, focando-me no estudo do comportamento de tubarões pelágicos e na sua conservação com as alterações climáticas.

Nada disto teria sido possível sem ter tomado aquela decisão crucial de começar o meu percurso académico em Ciências do Meio Aquático (CMA), no ICBAS, onde desenvolvi as bases essenciais para um percurso de sucesso, não só a nível académico, como também a nível pessoal. Foram durante esses anos de licenciatura que fiz amigos para a vida, e colegas que ainda hoje nos mantemos em contacto para partilha de experiências e conhecimento. Foram anos muito especiais porque este curso foi sempre pensado num contacto muito próximo entre estudantes e professores, com informação atualizada, dando-nos as capacidades essenciais para progredir profissionalmente.

Com o aconselhamento de alguns professores de CMA, fiz o mestrado internacionalmente, passando pela Suécia e Inglaterra, voltando para Portugal para o doutoramento. Adicionalmente, tive a oportunidade de estar embarcada por várias vezes, tanto em navios de investigação como de pesca comercial, sendo uma experiência única que nunca teria sido proporcionada se não tivesse seguido os passos que me foram permitidos pela licenciatura em CMA. E hoje, no grupo de investigação onde estou envolvida, temos recebido já vários estagiários de CMA para também eles poderem dar assim os seus primeiros passos na ciência, num ciclo de partilha direta de conhecimento. Uma vez CMA, para sempre CMA.

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Paulo Rainha


O mundo aquático sempre me fascinou. Desde criança que sou aficionado pelo hobby da aquariofilia e mantenho aquários com algumas espécies de peixes ornamentais. Na praia passava horas a explorar as poças da zona entre marés e apanhar os pequenos peixes e camarões que aí habitavam e aos 10 anos comecei a praticar pesca lúdica com o meu pai e o meu avô. Os documentários sobre a vida aquática sempre me cativaram e nomes como Jacques Cousteau e David Attenborough contribuíram para o meu gosto pela área da biologia marinha.

O meu percurso como biólogo aquático começou em 2011, com uma visita ao antigo edifício do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), quando me encontrava a terminar o ensino secundário e ainda indeciso sobre o curso a escolher. Nesta visita tive a oportunidade de perceber em que é que o curso consistia e quais as principais saídas profissionais que este possibilitava. Esse dia acabou por ser fundamental para tomar a decisão de me candidatar ao curso.

A minha passagem pelo curso de CMA decorreu entre 2011 e 2015 e considero que tive uma formação muito boa e bastante completa. O curso está bem estruturado, com a distribuição das cadeiras pelos 3 anos da licenciatura bem planeada, no sentido que permite aos alunos evoluir ao longo do tempo, a qualidade do ensino é muito boa, com professores competentes e disponíveis para os alunos. Existe a preocupação por parte da direção do curso em ouvir os alunos em relação a questões importantes para a estruturação do curso o que cria uma sensação de proximidade e bom ambiente. As aulas na Estação Litoral da Aguda (ELA) são uma mais-valia. O facto de ter aulas literalmente ao lado da praia, num ambiente rodeado pelos aquários e pelo museu das pescas, cria um ambiente de aprendizagem único e possibilita ao alunos observar no momento muito do que está a ser transmitido.

Por tudo o que venho descrevendo no parágrafo anterior este curso é bem referenciado no mercado de trabalho e no meu caso acabou por me “abrir algumas portas” na área.

Em 2015 quando terminei a licenciatura tive a oportunidade de realizar um estágio extracurricular, de um ano, no Laboratório de Microbiologia das Águas do Porto e no final tive a hipótese de passar a contrato mas queria continuar a minha formação académica e as duas coisas não eram compatíveis. Entre 2016 e 2018 acabei por fazer o mestrado em recursos biológicos aquáticos na FCUP e ao mesmo tempo trabalhei em part time numa pet shop do grupo Propet, o maior grupo nacional na área de Pet Shop. A licenciatura em CMA foi um fator decisivo para conseguir este emprego porque eu era o único candidato com formação para trabalhar no imediato com aquários e peixes ornamentais. A minha entrada na empresa acabou por abrir portas para mais colegas de CMA. Em pouco tempo fiquei responsável pelo sector da aquariofilia da loja e ao fim de dois anos, quando estava a terminar o mestrado fui promovido para a equipa de aquariofilia do grupo que era responsável por importar e manter peixes ornamentais, fornecer e dar apoio a todas as lojas e clientes externos. Ao fim de 8 meses nesta equipa acabei por ficar responsável pela mesma e por todo o trabalho envolvido e tive o prazer de poder orientar e ajudar um colega de CMA que quis fazer o seu estágio connosco. Entretanto, nesta altura, surgiu a possibilidade de ingressar na equipa do Oceanário de Lisboa, mas por questões incompatibilidade com a minha vida pessoal acabei por não aceitar. Em Janeiro de 2020 saí da empresa para ir trabalhar para o projeto de conservação das pradarias marinhas na Ria de Aveiro onde me encontro atualmente.

Além do meu exemplo conheço outros colegas cuja licenciatura em CMA acabou por abrir portas para a área da enologia, biotecnologia e até astrologia. Isto é uma das vantagens que mais vejo nesta licenciatura, a diversidade de saídas profissionais que oferece.

Em suma, a escolha por este curso foi uma ótima aposta e sem dúvida que o aconselho para quem gosta de biologia e do meio aquático porque terão a oportunidade de ingressar numa instituição conceituada e ter uma formação de qualidade que juntamente com um pouco de dedicação pode abrir portas no futuro quer a nível nacional, quer a nível internacional.

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Núria Baylina

Curadora e Diretora de Conservação do Oceanário de Lisboa

Chamo-me Núria Baylina e terminei a minha licenciatura em Ciências do Meio Aquático em 1993. Soube desde muito cedo que gostaria de ter uma atividade profissional ligada ao mar. Não me lembro de alguma vez ter pensado noutra opção…

A escolha de um curso na área da Biologia Marinha surgiu naturalmente e o facto de eu ser do Porto, levou a que me interessasse pelo curso de Ciências do Meio Aquático no ICBAS.

Entrei no curso no ano letivo de 1989/90. Na altura, o curso tinha um tronco comum com medicina o que, confesso, não achei o máximo! Mas a abrangência das disciplinas e o contacto com áreas muito diferentes ao longo do curso, foi determinante para o meu desenvolvimento profissional.

Foi no segundo ano, numa palestra do Prof. Mike Weber, que contactei pela primeira vez com o mundo dos aquários públicos. O impacto foi grande e decidi, ali mesmo, que seria esta a área da minha eleição.

Após o curso fiz um estágio profissional no Aquário de Génova, em Itália, ao abrigo de um programa da Comunidade Europeia de integração de recém-licenciados em empresas. Para a candidatura ao programa foi necessária a colaboração da instituição de ensino e o ICBAS não falhou.

Este estágio foi essencial para a etapa seguinte: ingressar na equipa do Oceanário de Lisboa como aquarista em 1997, um ano antes da sua abertura. A vertente mais prática do curso e os conhecimentos em aquacultura, sistemas de suporte de vida e equipamentos associados foram uma grande mais valia.

Atualmente, sou a Curadora e Diretora de Conservação do Oceanário de Lisboa onde tenho o privilégio de liderar uma equipa de cerca de 40 biólogos, engenheiros, veterinários e técnicos, cuja missão diária é criar uma exposição de qualidade única e assegurar o bem-estar de todos os animais e plantas.

O acesso continuado a uma grande diversidade de espécies marinhas permite também o aumento do conhecimento sobre animais pouco estudados na natureza e a colaboração em diversos projetos de investigação.

Ao longo dos anos o Oceanário tem vindo a aumentar a sua capacidade de apoio a projetos de conservação e parte do meu tempo é dedicado à gestão dos financiamentos e ao acompanhamento das atividades dos vários projetos apoiados pelo Oceanário.

Olhando para trás, vejo que sou uma daquelas pessoas que conseguiram atingir os seus objetivos profissionais a fazer aquilo de que gostam. Muitos fatores contribuíram para isso e a escolha do curso foi uma delas. Só pode ter sido uma boa escolha!


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Margarida Senra Lopes


O meu nome é Margarida Senra Lopes e sou licenciada em Ciências do Meio Aquático. Quando era mais nova o meu sonho era ser bióloga marinha, no entanto, com o passar do tempo foi-se despertando o gosto por uma outra diversidade de temas, o que acabou por dificultar a escolha do curso. Após uma vasta procura, encontrei a licenciatura em Ciências do Meio Aquático. Ao analisar o plano de estudos achei interessante uma série de disciplinas, que acabaram por fazer com que o bichinho da biologia marinha voltasse a ganhar um pouco de vida dentro de mim.

A licenciatura tem uma grande diversidade de disciplinas, que abrangem uma grande área do saber fundamental para os ecossistemas aquáticos. Desde a biologia vegetal, à microbiologia, à toxicologia, à histologia, à tecnologia alimentar, às químicas, às pescas e à aquacultura, muito se aprende ao longo dos 3 anos. Como é um curso diverso, algumas das disciplinas não me despertaram tanto interesse, o que não foi mau, uma vez que me permitiu perceber em que áreas tenho maior interesse. Para além disto, adquiri também grandes capacidades de trabalho em grupo, em equipa, no campo e em laboratório. Muito disso deveu-se à exigência por parte dos professores - hoje percebo que foi graças a isso que consegui superar certas barreiras, e tornar-me melhor em diversas atividades.

Foram 3 anos repletos de experiências fantásticas, pessoas maravilhosas e aventuras inesquecíveis. Desde o excelente ambiente dentro da própria faculdade, da relação entre professores e alunos, da disponibilidade e prontidão da grande maioria dos professores para ajudar em tudo o que fosse necessário, às grandes amizades que criei nesse curto espaço de tempo.

Das coisas que mais gostei no curso foram sem dúvida as variadas saídas de campo - praias, rios, estações de tratamento de águas, fábricas de conservas, aquaculturas - e as aulas práticas - dissecação de diversos organismos marinhos, cirurgia em peixes, desova de trutas, testes de toxicidade, análises moleculares, entre muitos outros. No último ano, existe ainda a oportunidade de realizar um estágio ou estudo de investigação numa área à nossa escolha. Eu optei por realizar o estágio na Estação Litoral da Aguda, tendo realizado um estudo da extensão dos recifes de barroeira (S. alveolata) numa região da praia, através da utilização de um drone. Neste momento, estou a frequentar o primeiro ano do mestrado em Ciências do Mar a da Atmosfera, na Universidade de Aveiro.

Pelo contacto que tenho tido com colegas e amigos de cursos dentro da mesma área ou áreas similares, consegui aperceber-me o quão sortuda fui por ter tido a oportunidade de aplicar e adquirir os conhecimentos de uma forma mais prática ao longo dos 3 anos, pois poucas faculdades oferecem uma componente prática tão desenvolvida como CMA.

Se como eu, ainda não tens a certeza de que curso escolher, mas sabes que tens uma enorme paixão pelo mar e tudo o que está relacionado com ele, CMA será a grande opção para conseguires ter uma melhor precessão do funcionamento deste grande ecossistema, bem como para adquires fortes competências de trabalho prático e em equipa, diversos contactos com pessoas formadas nesta área, e até para conseguires perceber melhor aquilo que poderás querer vir a fazer no futuro.

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Francisca Félix


Olá, o meu nome é Francisca, tenho 28 anos e sou do Porto. Sempre fui apaixonada pela Biologia e foi fácil escolher a licenciatura em CMA uma vez que conjuga esta disciplina com o meio aquático, temas que sempre me interessaram. Identifiquei-me muito com o curso do início ao fim, não só pelo conteúdo programático abrangente, mas também pela qualidade dos professores e por nos permitirem aulas teóricas e práticas ao longo dos 3 anos. Foi uma excelente base para depois me especificar e fazer um Mestrado em Aquacultura, na Universidade do Algarve.

O meu percurso faz-se de trabalhos em ambiente empresarial e de investigação, com bivalves e com peixes. Trabalhei em aquaculturas na Zâmbia e no Brasil e em centros de investigação no ICBAS/CIIMAR e no CCMAR, onde atualmente me encontro a fazer o doutoramento na área da biologia da reprodução. O futuro passa por percebemos melhor o mar e tudo o que dele podemos explorar sustentavelmente, principalmente num país como Portugal. Sem dúvida que CMA é um excelente ponto de partida.

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Luís Eugénio C. Conceição

Gerente AQUALGAE S.L.

Investigador do Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR)
Sócio-gerente da SPAROS Lda
Licenciatura em Ciências do Meio Aquático (ICBAS, Universidade do Porto) em 1989
Mestrado em Aquacultura (Universidade de Wageningen, Holanda) em 1992
Doutorado em Fisiologia da Nutrição de Peixes (Universidade de Wageningen, Holanda) em 1997

No final da licenciatura em Ciências do Meio Aquático realizei o estágio extracurricular “Efeito da temperatura no crescimento larvar da lampreia em condições de laboratório”. Após concluir a licenciatura trabalhei um ano no gabinete de apoio à aquacultura do ICBAS, onde dei apoio a 3 pequenas truticulturas instaladas no âmbito de um projecto do ICBAS e da CCDR-Norte, e visitei ainda dezenas de agricultores interessados em instalar explorações aquícolas. Nesse período desenvolvi em paralelo actividades de investigação em morfometria de oligodendrocitos do cerebelo no Laboratório de Histologia do ICBAS.

Em Agosto de 1990 iniciei uma experiência de 7 anos na Universidade de Wageningen, onde realizei a minha tese de mestrado em mecanismos de diferenciação e determinação sexual na carpa comum, e ainda a minha tese de doutoramento. Nesta, desenvolvi um modelo mecanístico que simula o crescimento de larvas de peixes, e estudei em particular o metabolismo proteico e a energética do crescimento.

De seguida realizei um pós–doutoramento no centro de aquacultura do SINTEF (Trondheim, Noruega) onde durante um ano desenvolvi novas metodologias com recurso a isótopos estáveis para estudar o metabolismo proteico de larvas de peixes.

Desde 1998 que trabalho como investigador no CCMAR, onde tenho participado em vários projectos nacionais e internacionais na área da fisiologia e nutrição de peixes marinhos, relacionados com o desenvolvimento de formas sustentáveis de aquacultura, incluindo estudos com novas espécies como o linguado e o mero. Mais recentemente interessei-me também pela relação entre os requisitos nutricionais e o bem-estar dos peixes. O ponto focal da minha investigação continua a ser a melhor compreensão do metabolismo e requisitos nutricionais de aminoácidos e proteínas, de larvas e juvenis de peixes. Para tal utilizo técnicas de modelação mecanística de sistemas biológicos, bem como estudos com marcadores isotópicos.

Em 2008 fui co-fundador da SPAROS Lda (www.sparos.pt), empresa spin-off do CCMAR e da Universidade do Algarve, que se dedica à inovação na nutrição em aquacultura. Aqui participo em vários projectos de desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e processos para a alimentação de peixes.

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Dolores Resende

Professora Coordenadora da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU)

Doutorada em Ciências Biomédicas em 2008
Licenciada em Ciências do Meio Aquático em 1996

Ainda quando era estudante da Licenciatura em Ciências do Meio Aquático e como actividade de lazer nesta área, fiz um Curso de Mergulho Subaquático da CMAS tendo progredido até CMAS P2 ao longo dos anos, o qual me tem permitido apreciar e explorar o ambiente marinho que tanto me fascina.

Em 2005 iniciei a minha actividade de docência na CESPU, onde leciono atualmente unidades curriculares relacionadas com a microscopia na licenciatura em Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica, a unidade curricular de Histologia e Embriologia do Mestrado Integrado em Medicina Dentária, as unidades curriculares de Ciências Morfológicas e Técnicas Microscópicas do Mestrado em Patologia Oral e ainda alguns módulos dos Mestrados de Periodontologia, Cirurgia Oral e Reabilitação Oral.

Em paralelo com a actividade de docência, e no seguimento da mesma linha de investigação, continuo a desenvolver actividade como investigadora do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR). Estabeleço também outras colaborações científicas com diferentes departamentos da CESPU, nomeadamente nas áreas da Farmácia, da Medicina Dentária e nas Ciências Forenses, inclusivamente orientando estudantes de pós-graduação.

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Pedro Seixas

Gerente AQUALGAE S.L.

Doutorado em Biologia pela Universidade de Santiago de Compostela em 2009
Licenciado em Ciências do Meio Aquático em 2003

Para completar a licenciatura em CMA realizei um estágio de 6 meses no Instituto de Hidrobiologia de St. Pée Sur-Nivelle (INRA-IFREMER, França), sobre o metabolismo dos hidratos de carbono na truta arco-íris, tendo sido bolseiro Leoanardo Da Vinci.

Logo após terminar a licenciatura em Ciências do Meio Aquático, trabalhei como bolseiro no Dep. de Produção Aquática do ICBAS/CIIMAR, durante um ano em temas de aproveitamento de resíduos de produtos pesqueiros para formulação de rações, e em analise sensorial de cefalópodes.

Candidatei-me depois a uma bolsa de doutoramento da FCT para trabalhar em aquacultura de polvo em Espanha, tendo conseguido uma bolsa mista para fazer o doutoramento na Universidade de Santiago de Compostela e no CIIMAR (entre 2004 e 2009). A tese versou sobre o “Crescimento e composição bioquímica de paralarvas de polvo (Octopus vulgaris Cuvier, 1797), alimentadas com Artemia enriquecida microalgas e outros suplementos nutricionais”. Dentro dos trabalhos de investigação analisamos o potencial de engorda de exemplares adultos em jangadas na ria de Vigo com separação dos sexos e com diferentes dietas, e fizemos várias experiencias de produção de paralarvas de polvo com dietas à base de Artemia enriquecida com microalgas marinhas e microdietas inertes.

No seguimento destes trabalhos e com a experiencia adquirida na cultura de microalgas marinhas, consegui um contrato de investigação durante um ano (2010) na Univ. de Santiago para trabalhar na produção de microalgas à escala industrial.

No decurso deste projecto conheci aqueles que viriam a ser os meus sócios na criação de uma empresa de base tecnológica dedicada à aquacultura e à biotecnologia de microalgas, denominada AQUALGAE S.L. Actualmente exerço a função de gerente e dedico-me a 100% à empresa.

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Ana Mendonça


O oceano é, sem dúvida, uma grande paixão para mim desde a infância. Por esta razão, e por razões pessoais também, ingressei no curso e licenciei-me em Ciências do Meio Aquático em 1993.Após o curso fui realizando diferentes trabalhos e estágios enriquecedores, incluindo a participação em dois projectos da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Zoologia. Em 1997, vim com o meu marido para a ilha do Faial (Açores).Viemos com intenção de ficar uns seis meses mas já cá estamos á catorze anos!

Iniciei, em 1997, no Departamento de Oceanografia e Pescas o meu trabalho como investigadora na Secção dos Recursos Pesqueiros. Trabalhei em reprodução de espécies demersais dos Açores até 2001, quer como técnica superior quer como bolseira de investigação.

Em 2001, sem perspectivas de continuidade na área dos Recursos Pesqueiros, fui convidada a ingressar na Secção de Oceanografia do mesmo departamento, onde me encontro a trabalhar até hoje.Uma área completamente nova para mim e uma equipa fantástica, cheia de entusiasmo e vitalidade, coordenada pela Prof. Ana Martins.Cheguei na fase de instalação de uma estação de recepção de imagens de satélite (HAZO) que passou a receber imagens de temperatura de superficíe do oceano(SST) e de côr do oceano (SeaWIFS). Posteriormente, em 2003, tive a oportunidade de integrar a equipa do projecto OASIS (Oceanic Seamounts: an Integrated Study) na área da oceanografia biológica. Participei assim, em todos os cruzeiros científicos do projecto na recolha de amostras e na análise de amostras in situ e em laboratório. Foi uma altura espantosa, em termos profissionais, na minha vida. Aprendi muito e cresci. Por incentivo da Prof. Ana Martins, em 2004, iniciei o doutoramento no âmbito desse mesmo projecto, na área de oceanografia biológica (fitoplâncton, comunidade microbiana e produção primária). Realizei então, uma vez que tive um co-orientador da Universidade de Las Palmas de Gran Canária (Prof. Javier Arístegui), várias estadias em Las Palmas (Gran Canária) para analisar amostras e discutir resultados. A tese, por motivos pessoais (é importante que se diga que em 2007 tive gémeos e a minha vida girou á volta deles e da minha filha mais velha durante quase três anos) só consegui (mas consegui!!!!) entregar este ano de 2011, intitula-se “A influência dos montes submarinos oceânicos na variabilidade da produção primária, na respiração microbiana e na estrutura da comunidade planctónica.” A partir de agora vamos ver que oportunidades surgem para mim....

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Olga Martínez

Colaboradora no Biotério de OrGanismos Aquáticos (BOGA) do CIIMAR

Licenciada em Ciências do Meio Aquático em 2005 no ICBAS
Bolseira de Investigação/Mestrado em Recursos Biológicos Aquáticos (FCUP)

Desde que me lembro, o mar e o meio aquático em geral, sempre me chamaram a atenção. Pelo que, quando acabei o ensino secundário escolhi seguir Ciências do Mar e assim comecei a minha formação superior em Las Palmas de Gran Canaria (Espanha). Durante o 4º ano do curso fiz Erasmus no Porto, no curso de Ciências do Meio Aquático (ICBAS). Foi uma mudança espectacular, adorei o enfoque do curso. Deu-me uma perspectiva mais adequada aos meus interesses pelo que no ano seguinte pedi transferência para o Porto. No último ano do curso, através do Prof. Vaz Pires, surgiu a oportunidade de estagiar no SeaLife na Haia (Holanda) e não a desaproveitei! Mais uma vez, tive sorte e foram 6 meses nos que aprendi imenso. Comecei assim a dedicar-me numa área que me apaixonava, a aquariofilia. No fim do estágio voltei ao Porto e continuei a minha formação com cursos de especialização em organismos ornamentais.

Estes cursos de especialização abriram-me as portas do mundo laboral. E surgiu-me a oportunidade de colaborar numa das maiores empresas portuguesas no ramo comercial dos ornamentais. Formei parte do sector dos organismos aquáticos durante 3 anos, nos quais aprendi a realidade do trabalho com organismos vivos. Desfrutei com a aprendizagem e fui evoluindo até coordenar o sector durante o último ano. Uma das coisas que mais me fascinava do trabalho era a diversidade de tarefas!! Desde o desenho de diversos sistemas (aquários, terrários, etc.) até formações e apoio em projectos escolares. Assim mesmo tive forte contacto com a área comercial, suporte técnico, importação e legislação específica.

Em 2008 candidatei-me a uma bolsa de investigação na área da manutenção da vida em cativeiro. Pereceu-me uma oportunidade de continuar a minha formação, o meu perfil adaptava-se… candidatei-me e fui aceite!! Desde então formo parte da equipa do Biotério de OrGanismos Aquáticos (BOGA) no CIIMAR (www.ciimar.up.pt).

Colaboro numa equipa muito activa, desenvolvemos um grande leque de actividades relacionadas com o meio aquático. Colaboramos em diferentes fases da investigação com organismos aquáticos, nomeadamente desenho de experiências, manutenção e controlo, transporte e quarentena, etc. Damos apoio e formação em diferentes níveis escolares, etc.

Hoje acho que o curso, para além da aprendizagem, deu-me uma perspectiva de vida e uma “plataforma de lançamento” muito interessante… gostei da viagem!! E continuo a gostar!!

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Alexandra Leitão

Investigadora Auxiliar do INRB, IP/ L- IPIMAR

Doutoramento em Ciências Biomédicas – Citogenética 2000, Universidade do Porto e Universidade Paris VI (Co-tutela)
Licenciatura em Ciências do Meio Aquático em 1995, Universidade do Porto

Ainda durante a licenciatura iniciei a minha atividade científica no laboratório de citogenética do ICBAS. A paixão pelos cromossomas levou-me à realização de um projeto de investigação (inserido no programa ERASMUS), dentro do plano intra-curricular da licenciatura em Ciências do Meio Aquático sobre o tema: Citogenética de invertebrados marinhos, (com obtenção de equivalência de grau de DEA) no Observatório Oceanológico de Villefranche-sur-Mer, Universidade Paris VI.

A realização deste estágio apenas confirmou o meu interesse por esta disciplina e área de estudo pelo que decidi continuar a minha formação académica e realizar o Doutoramento em Citogenética de bivalves com importância comercial em co-tutela entre a Universidade do Porto (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) e a Universidade Paris VI.

Após o doutoramento em 2000 decidi continuar a minha formação cientifica e geográfica….tendo realizado 3 pós-doutoramentos em citogenética molecular marinha entre Portugal/França/Tunísia, tendo como principais objectivos de investigação a aplicação das principais técnicas de citogenética clássica e molecular a: 1) estudos de evolução cromossómica de invertebrados marinhos; 2) programas de aquacultura; 3) ecotoxicologia e impacto ambiental e 4) estudos de biodiversidade e conservação.

Desde 1995 até agora mantive igualmente uma colaboração ativa com o ICBAS/Laboratório de Citogenética como professora convidada e na co-orientação de alunos de licenciatura, mestrado e doutoramento.

Fui de 2008-2013, investigadora auxiliar do IPMA, bem como líder do grupo de produção de bivalves e responsável pela Estação experimental de moluscicultura de Tavira. Desde 2014, sou Investigadora no “Environmental Science Center” da Universidade do Qatar, sendo responsável pelo laboratório de Genoecotoxicologia marinha.

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Laura Ribeiro

Investigadora Auxiliar na Estação Piloto de Piscicultura de Olhão
(EPPO) do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Doutoramento em Aquacultura – Especialidade Nutrição em 2003, Universidade do Algarve.
Mestrado em Estudos Marinhos e Costeiros em 1994, pela Universidade do Algarve.
Licenciatura em Ciências do Meio Aquático em 1989, Universidade do Porto.

Após a licenciatura iniciei a minha actividade de investigação científica no Dep. de Produção Aquática do ICBAS, em ensaios de nutrição, e posteriormente num outro projecto na área de fisiologia.
Decidida a continuar a minha formação académica rumei a Faro em 1992, onde frequentei o Mestrado em Estudos Marinhos e Costeiros – especialização Aquacultura, da Universidade do Algarve, com bolsa da FCT. Após o 1º ano curricular, realizei o projecto de tese integrado no doutoramento de uma colega e amiga, a qual se encontrava no CSIC de Vigo, tendo os ensaios desenvolvidos resultado na tese de mestrado intitulada “Efeito da privação alimentar sobre alguns componentes bioquímicos (proteína, DNA e RNA) e o comportamento alimentar em larvas de pregado (Scophthalmus maximus L.) em condições de cultivo”. Nesta altura comecei a trabalhar com larvas de peixes marinhos!

Após o mestrado integrei o grupo de Aquacultura da Universidade do Algarve, onde adquiri experiência no cultivo de outras espécies marinhas (dourada, robalo e linguado), bem como outras técnicas analíticas (histologia e histoquímica). A curiosidade em saber mais acerca da capacidade digestivas das larvas de peixes marinhos, foi tema para o meu projecto de doutoramento o qual iniciei em 1996, com bolsa da FCT. Relacionei o aparecimento e desenvolvimento de estruturas do sistema digestivo de larvas de linguado e a sua funcionalidade (enzimas digestivos), ao longo das diferentes etapas de desenvolvimento, através de várias metodologias (histologia, histoquímica e bioquímica). A realização de estágios em alguns laboratórios europeus foi determinante para a realização da tese intitulada “Ontogeny of Solea senegalensis: digestive system and nutritional aspects”.

No grupo de Aquacultura prossegui a minha investigação incidindo sobretudo na fisiologia digestiva das larvas de peixes marinhos (efeito da dieta, condições de cultivo, regulação do processo digestivo), no desenvolvimento de indicadores de qualidade larvar e aspectos nutricionais, colaborando em vários projectos de investigação, na supervisão de estudantes, entre outras actividades científicas.

Em 2009 e no âmbito do programa Ciência 2008 integrei a equipa de investigadores da EPPO, como investigadora auxiliar, onde desenvolvo a minha actividade científica na área da biologia marinha, fisiologia, especial foco na digestiva, e nutrição, num contexto de desenvolvimento sustentável da aquacultura.

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Graça Casal

Professora Auxiliar do Instituto Superior de Ciências da Saúde – Norte (ISCS-N)
Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU)

Doutoramento em Ciências Biomédicas, ICBAS, Universidade do Porto (2009)
Provas Aptidão Pedagógica de Capacidade Científica (APCC), ISCS-N (2001)
Licenciatura em Ciências do Meio Aquático, ICBAS, Universidade do Porto (1992)

Como aluna da Licenciatura em Ciências do Meio Aquático, iniciou a sua actividade de investigação científica, sob a orientação do Professor Doutor Carlos Azevedo no Laboratório de Biologia Celular do ICBAS, actividade que mantém até à actualidade. De 1991 a 1995, exerceu funções de monitora no referido Laboratório, dando apoio às aulas práticas de Biologia Celular, bem como à disciplina de Microscopia Electrónica da Licenciatura em Bioquímica. Em 1993, como Assistente Estagiária, iniciou o percurso de docência no ISCS-N, leccionando presentemente várias unidades curriculares de Biologia Celular nos Mestrados Integrados e Licenciaturas. Pontualmente também colaborou na unidade curricular de Histologia e Embriologia da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas, bem como na unidade curricular de Biologia Celular de algumas Licenciaturas das Escolas Superiores de Saúde da CESPU. Após a realização das Provas APCC em 2001 e do Doutoramento em 2009, ascendeu à categoria de Professora Auxiliar com nomeação provisória do ISCS-N.

Desde 1991, após a aprendizagem das técnicas de Microscopia no Laboratório de Biologia Celular (ICBAS), dedicou-se à linha de investigação científica desenvolvida pelo Prof. Doutor Carlos Azevedo que tem por objectivo a caracterização morfológica, ultrastrutural, molecular e filogenética de alguns grupos de microrganismos parasitas da fauna aquática, nomeadamente em peixes, crustáceos e moluscos. Inserida no âmbito desta linha de investigação, em 2001 defendeu as PACC versando o tema do trabalho de síntese “Microsporídios parasitas de vertebrados” e em 2009 concluiu o Doutoramento no ICBAS tendo por tema a dissertação “Microsporidioses e Mixosporidioses da Ictiofauna Portuguesa e Brasileira: caracterização ultrastrutural e filogenética”. Fruto das colaborações estabelecidas pelo Prof. Doutor Carlos Azevedo, ao longo das duas últimas décadas, com investigadores do Brasil e de Espanha e, mais recentemente, de Angola e Arábia Saudita, teve acesso a várias amostragens de material biológico que, consequentemente, possibilitaram a publicação de trabalhos científicos regularmente durante os últimos anos.

Em 1993, após a Licenciatura em Ciências do Meio Aquático e como actividade de lazer relacionada com o curso, obteve o certificado internacional de mergulho amador da CMAS. Presentemente, tem o nível P3 com 435 imersões registadas, sendo algumas delas em locais de uma grande diversidade faunística de grande interesse para a biologia marinha.

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Gabriela R. Moura

Investigadora Auxiliar Dep. Biologia & Centro de Estudos do Ambiente e do Mar
(CESAM, Laboratório Associado) Universidade de Aveiro

Licenciatura em Ciências do Meio Aquático, ICBAS, Universidade do Porto (1992)

Desde os tempos do meu ensino secundário que eu pensava em fazer investigação científica. Fascinava-me a forma como os organismos, sujeitos às regras da selecção natural, se foram tornando cada vez mais complexos, a ponto de todos os mecanismos que os cientistas iam descortinando (e que aos poucos iam aparecendo nos livros escolares ou nos livros de divulgação científica que eu lia e relia) me parecerem perfeitos como o funcionamento de um relógio. Ainda nessa fase, pensando numa carreira futura, falei com professores e amigos que me aconselharam a licenciatura em Ciências do Meio Aquático, que me foi apresentada como facultando uma aprendizagem dinâmica, com professores especializados que ofereciam a possibilidade de fazer investigação em áreas muito diversificadas, mesmo durante o próprio plano curricular da licenciatura. E não tive que esperar muito para o confirmar pessoalmente, já que ainda não tinha terminado a licenciatura quando fui convidada para estagiar no Departamento de Fisiologia do ICBAS, para estudar de que forma é feito o nácar nos bivalves de água doce da zona de Mira. Durante o ano seguinte o meu entusiasmo por descobrir coisas novas foi aumentando e levou ao passo seguinte - fazer o doutoramento, desenvolvendo este tema durante mais alguns anos. Tendo confirmado o meu gosto pela investigação científica, e tentando áreas de estudo ainda mais fundamentais, aproveitei a minha pausa para escrita de tese para procurar um novo laboratório, onde pudesse fazer Biologia Molecular e Genética. Foi assim que prossegui a minha carreira como pós-doc no Laboratório de Biologia do RNA do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, entre 2000 e 2007, estudando a tradução do mRNA e a consequente síntese proteica, e principalmente quais as possíveis causas e consequências de erro durante estes processos. Ao longo deste percurso, fui tendo a possibilidade de partilhar os conhecimentos que fui adquirindo, dando aulas em várias instituições pertencentes às Universidades do Porto e de Aveiro, nas disciplinas de Fisiologia, Genética, Microbiologia, Biologia Molecular e Genómica.

Presentemente, sou investigadora auxiliar do Laboratório Associado CESAM, da Universidade de Aveiro, o que me possibilita desenvolver autonomamente a minha linha de investigação, participar na coordenação do Laboratório de Biologia do RNA, autofinanciar-me através de projectos que proponho a nível nacional e internacional e orientar estudantes nos diversos ciclos ministrados na Universidade de Aveiro. Desta forma, pude concretizar as minhas expectativas e fazer investigação científica de forma praticamente exclusiva durante quase duas décadas, desenvolvendo trabalho sobre o impacto do erro de descodificação do mRNA na degeneração celular e na evolução, e criando metodologias de Bioinformática e Bioestatística com utilização em Biologia e em Biomedicina.

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Rita Portela

Técnica no Núcleo de Cultura Científica do IBMC.INEB

Mestrado em Comunicação e Educação em Ciência em 2010 na UA
Licenciada em Ciências do Meio Aquático em 2002 no ICBAS

Escolhi o curso de Ciências do Meio Aquático por várias razões: por um lado, o mar e os mamíferos marinhos atraíamme; por outro, a ideia de ser bióloga marinha encaixava como uma luva numa imagem futura de mim. Ainda antes de escolher a licenciatura, visitei o teatro anatómico do ICBAS e fiquei deslumbrada. Durante o curso, adorei a ideia de, apesar de poder estar num curso de CMA, ter disciplinas como Anatomia, Fisiologia, entre outras. Gostei do espírito que estava por trás desta interdisciplinaridade, da visão holística da Biologia e da formação graduada. No 4º ano do curso, fiz Erasmus em Roma; por isso, pude estar a bordo de um barco que fazia prospecção de areia, visitar uma ilha piscatória, fazer visitas de estudo a lagos, e mais...

Actualmente, e desde os últimos 4 anos, trabalho em Comunicação de Ciência no Laboratório Associado IBMC.INEB (Instituto de Biologia Molecular e Celular e Instituto de Engenharia Biomédica) no Porto. Trabalho numa equipa que tem o objectivo de aproximar a ciência e os investigadores da sociedade e que, por isso, se chama Núcleo de Cultura Científica. Estou sobretudo ligada ao programa educacional, ou seja, às actividades que envolvem alunos, professores e escolas. Pela minha mão passam as visitas das escolas ao IBMC.INEB e as visitas de investigadores a escolas; o apoio a alunos de secundário no desenvolvimento de projectos de investigação; a participação em mostras e feiras de ciência, a organização de cursos de formação de professores e muitas outras actividades.

Como cheguei aqui? Quando terminei a licenciatura, não quis seguir imediatamente a via da investigação. Tinha mais vontade de comunicar sobre este mundo da biologia marinha. Por isso, procurei organizações que trabalhassem em educação ambiental/marinha. Assim, trabalhei no serviço educativo do Oceanário, entre 2002 e 2005, e na Estação Litoral da Aguda, pontualmente entre 2005 e 2006. Tive ainda uma passagem de 3 meses por Londres no final de 2005, numa espécie de estágio não remunerado, onde acompanhei, durante este período, os bastidores do desenvolvimento de um centro de ciência, The Centre of the Cell, que iria funcionar dentro de um instituto de investigação. Paralelamente às actividades profissionais, tirei curso de mergulho (prenda dos meus pais de fim de licenciatura), que me realiza totalmente enquanto bióloga marinha. Em 2010, fiz o mestrado porque senti vontade de estudar.

Na minha opinião, a licenciatura é uma passagem que não determina o emprego futuro, por isso, que esta passagem seja a mais rica e satisfatória possível! A minha foi!

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Joana Costa

Chamo-me Joana Costa e vou falar um pouquinho sobre o meu percurso pelo ICBAS e o que se seguiu a nível profissional.

O meu primeiro contacto com o ICBAS e CMA aconteceu ainda no meu 11º ano, quando participei, nas atividades de verão da Universidade Júnior da UP com o objetivo principal de conhecer o ICBAS. Mais tarde, em 2009, entrei nesta mesma licenciatura e pertencia ao grupo dos “não convictos”. Nesta altura queria licenciar-me em Medicina Veterinária, no entanto, quando chegou o momento de pedir a mudança de curso CMA já me tinha cativado e decidi continuar o percurso. Logo em 2010 fiz o Curso de Mergulhador, que recomendo vivamente a toda a gente e em 2011 e 2012 fui colaboradora externa nas Jornadas da Ciência e Tecnologia Aquáticas, organizadas pelo departamento de CMA da AEICBAS com o objetivo de disponibilizar mais conhecimento aos estudantes e de partilhar experiências de ex-alunos.

Como aluna, o 3º ano foi aquele que mais me preencheu. Talvez por ser mais prático e demonstrativo daquilo que poderíamos vir a fazer profissionalmente, e por existir uma relação de maior proximidade com os Professores, que se foi estreitando ao longo dos anos. Neste mesmo ano, juntamente com uma colega, realizamos um estudo comportamental de Cavalos Marinhos (Hippocampus kuda e Hippocampus reidi) no Sea Life – Porto, o que nos permitiu conhecer as instalações e o dia a dia dos bastidores daquele aquário público.

A finalizar a licenciatura, entrei no Mestrado em Ciências do Mar – Recursos Marinhos com especialização em Aquacultura. No primeiro ano, mais teórico, mas com bastante componente prática tive cadeiras mais direcionadas com a área da aquacultura e cadeiras muito importantes para o desenvolvimento da tese a realizar no ano seguinte. Neste ano algumas das cadeiras foram lecionadas fora do ICBAS, permitindo conhecer outras realidades académicas, instalações e projetos realizados em diferentes áreas relacionadas com a nossa formação. Antes de começar a Tese de Mestrado fiz um pequeno estágio no BOGA do CIIMAR, onde encontrei uma equipa que foi cinco estrelas, e que me ensinou muita coisa útil para o meu percurso académico e profissional. Seguiu-se a Dissertação “Avaliação multiparamétrica da aclimatação de juvenis de truta-fário (Salmo truta f. fario) para estudos experimentais” que não seria possível sem a equipa magnifica que me acompanhou e ajudou em tudo o que precisei. Durante este percurso participei no 50ª Reunião da Sociedade Portuguesa de Microscopia e mais tarde (2019) o trabalho realizado permitiu uma publicação na revista “Applied Animal Behaviour Science”.

Em 2017 comecei a trabalhar na Aqua Station, uma loja Especializada no fabrico de aquários por medida, com loja física em Matosinhos, onde é possível encontrar todos os equipamentos, acessórios e vivos tanto para água doce como para água salgada. Além disso fazemos o acompanhamento e a manutenção de vários “tipos” de aquários. No dia a dia desempenho várias funções como por exemplo, alimentação e observação dos animais, ambientação adequada dos vivos quando chegam às nossas instalações; manutenção e acompanhamento de aquários tanto na loja como em casa ou em estabelecimentos de clientes; montagem de novos aquários; atendimento ao público; entre outras. Apesar de existirem tarefas que têm que ser realizadas todos os dias, o trabalho é tudo menos rotineiro. Aprendi que cada Aquário é um Aquário, e que a observação de cada um deles dá-nos muita informação importante sobre o seu equilíbrio ou desequilíbrio e sobre aquilo que temos que fazer.

A minha formação académica permitiu-me perceber melhor os diferentes mecanismos e dinâmicas existentes num ecossistema; alguns processos fisiológicos; algumas relações químicas que ocorrem, entre outras coisas. No entanto, não nos podemos esquecer que cuidamos e trabalhamos com de seres vivos e com a formação de ecossistemas que nunca são iguais, por isso não existem verdades absolutas.

Recomendo a licenciatura em CMA a quem se interesse de algum modo pelo meio aquático, sendo que esta é extremamente versátil, permitindo atuar nas mais variadíssimas áreas e interligando diferentes temáticas, sejam elas mais práticas ou mais teóricas. Durante o percurso de formação existem bastantes visitas e saídas de campo que permitem ver in loco o que é falado teoricamente nas aulas, dando uma visão mais real, mais próxima, e mais prática dos assuntos falados, tornando a aprendizagem mais dinâmica e apelativa.

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Ana Ferreira

Curadora SEA LIFE Porto

A minha escolha pelo curso de ‘Ciências do Meio Aquático’ surgiu devido à abrangência e diversidade de conteúdos, teóricos e prácticos, que me permitiam várias opções de trabalho no fim do curso assim como pelo ambiente acolhedor e integrador que o ICBAS sempre teve.

Desde o primeiro dia como aluna até ao último, o curso sempre cumpriu, e excedeu em várias situações, as minhas expectativas. Para além da aquisição de conhecimentos específicos, alargou os meus horizontes, desenvolveu aptidões de comunicação, potenciou a minha capacidade de encarar os obstáculos como desafios e ampliou competências de adaptação a situações fora da área de conforto.

Tudo isso, permitiu-me estar hoje a trabalhar no SEA LIFE Porto, usando muitos dos recursos adquiridos no curso, com a convicção que ‘CMA’ traz-nos ferramentas de trabalho extremamente valiosas no mundo profissional.